terça-feira, 28 de dezembro de 2010

OS SANTOS INOCENTES

A festa de hoje (28), instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.

Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'.

Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UMA ESTRELA PARA VOCÊ

“Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2, 2)

E a estrela que tinham visto no Oriente os precedia.
Naquele tempo, a estrela brilhou para todos. Muitos a viram, poucos a reconheceram, apenas três a seguiram.
É verdade, era só uma pequena estrela como tantas outras. Mas devia haver nela algo diferente e os três correram atrás dela.
Foram por caminhos desconhecidos, acompanhados por sorrisos irônicos, incrédulos... Três contra todo o mundo.
E deixaram tudo, só para seguir uma pequena estrela que ao improviso podia sumir, que podia ser apenas uma pequena estrela como tantas outras.
Mas, para eles, a fé nesse pequeno corpo celeste assinalou o encontro com o Criador de todas as estrelas.
Naquele tempo, a estrela brilhou para todos. Naquele tempo e em todos os tempos.

Sempre haverá uma estrela a brilhar para mim, para você, para ele. Um sinal indicando o caminho, uma luz afugentando as trevas.
A fé é isso, meu amigo. Um dom que Deus oferece de graça, mas que é preciso ir buscar para possuí-lo em plenitude. A fé é também conquista pessoal.
Mas o caminho para chegar até ela pode ser tão difícil e comprido quanto o dos Reis Magos.
Aquela estrela continua brilhando sobre o mundo, sempre antiga e sempre nova. Mas para muitos permanece distante e desconhecida.

E, é lógico, eles não têm tempo (ou coragem?) de olhar para o alto.
E você, amigo, já percebeu que existe uma estrela também para você? Ela o convida a partir, atrás de sua luz, em busca de Cristo que espera por você nalgum lugar.

Esqueci. Talvez você não tenha tempo de olhar para cima. Você é homem de negócios, homem de ação, homem com os pés no chão; como poderia perder tempo atrás de uma pequena estrela?
Você coloca todo seu interesse no bem-estar, e no sucesso; como poderia pensar que existe algo mais importante e mais empolgante que isso?
Mas a estrela continua brilhando para você.
Ela nunca se apagará.


Texto retirado do livro O Meu Cristo de Cada Dia

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CULTURA, ARTE E FÉ

Por Luciano Freaza e Silvana Lima


Comprometido com o bem-estar e o crescimento da Família Excelsior Vida, o Clube criou mais um brinde especial de fim de ano, selando os votos de amor e paz para 2011. Trata-se do calendário com as fotos do último Encontrão, desta vez acompanhado de uma carta contendo um símbolo de grande significado para nós, cristãos.
Todos os integrantes da Família Excelsior receberão o calendário, inclusive os que tornarem-se sócios no mês de janeiro.
Confira a história do símbolo e divulgue-a junto com a programação da Rádio Excelsior.
Esse grafismo foi encontrado na Palestina (Gezer) com datação do século III e é uma representação icônica da cruz, sol e árvore simbolizando a união dos fiéis a Cristo.
Entendendo a história...
O surgimento da arte cristã - Nos três séculos iniciais do Cristianismo as autoridades romanas, praticantes do paganismo, perseguiam os cristãos. A situação se agravava quando os seguidores de Cristo se recusavam a cultuar o Imperador Romano. O Cristianismo era visto como uma ameaça ao Império sendo menos tolerado do que outras religiões que coexistiam com as divindades pagãs romanas. Insubordinação ao Imperador e seus rituais fez do Cristianismo uma religião clandestina. Cristãos eram torturados em praças públicas, jogados aos leões nas arenas, crucificados e queimados vivos.

A arte cristã do período reflete essa situação. É denominada Paleocristã e Catacumbária, pois se desenvolveu nas catacumbas e subterrâneos onde os cristãos se reuniam secretamente para orar e expressar devoção ao Senhor. Esses eram os refúgios da resistência. Desenhos, pinturas e entalhes possuíam um forte caráter simbólico e eram realizados por artistas sem treino formal, pessoas do povo. Desenhos e gravuras eram entalhados ou riscados em pedra (parede das catacumbas), madeira e argila. O crucifixo, a âncora e o peixe eram grafismos frequentes.  A âncora faz alusão ao ideal da salvação e o peixe é a representação gráfica das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” que, em grego, forma a palavra peixe (“ichthys”). Jesus era simbolizado como um pastor entre as ovelhas, o que demonstra a importância da missão evangelizadora. O Cristo só foi representado crucificado a partir do século IX. Antes disso, a crucificação estava muito associada a algo negativo e humilhante, pois criminosos e escravos eram crucificados.
No século IV houve a ascensão de Constantino que se tornou Imperador Romano. Constantino fortaleceu o Cristianismo e assegurou liberdade de culto aos cristãos. A partir daí, livre da opressão, a arte cristã floresceu, tornando-se cada vez mais técnica, exuberante e vistosa.

Entendendo o símbolo...
No sentido cristão, o crucifixo representava a morte de Cristo para salvar os homens. A cruz cristã, a redenção universal, reconciliação e paz. Assim, a cruz expressa fidelidade e obediência, valores demonstrados pelo próprio Jesus.
O sol é a luz que ilumina o todo, que gera a vida. Jesus é a luz do mundo, o sol nascente que veio visitar-nos.
A árvore representa a continuidade da vida, que gera novos frutos e novas sementes. A árvore que é Jesus nos oferece o fruto da nova vida.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ENTÃO É NATAL

Tempo de oferecermos ao outro o que temos de melhor

Foto: Jorge Cordeiro
Mais um ano termina. Outro começa a chegar e com ele chegam também novos sonhos, planos, aspirações e desejos de fazer o mundo melhor. As ruas iluminadas, as casas decoradas, a troca de cartões e presentes nos contagiam. Há um clima diferente no ar que nos envolve e faz nosso lado melhor vir à tona. Gestos de ternura e perdão são espontâneos e votos de felicidades voam distâncias e cruzam mares para chegar aos corações.

Então é Natal! A esperança volta a brilhar nos horizontes, nos lares e na alma de cada um que se deixa contagiar pelo encanto desta época de paz, amor e luz. E é precisamente no contexto deste tempo que somos convidados a vivenciar o Mistério do nascimento de Cristo.

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Papa anuncia transferência de bispos auxiliares

Dom João Carlos Petrini
O Papa Bento XVI publicou, na manhã desta quarta-feira (15), a nomeação dos bispos auxiliares da Arquidiocese de Salvador, Dom João Carlos Petrini e Dom Josafá Menezes, que agora deverão trabalhar nas dioceses de Camaçari e Barreiras. A notícia da transferência dos bispos foi dada pelo Cardeal Arcebispo Dom Geraldo Majella Agnelo, na Rádio Excelsior (AM840). O cardeal aproveitou a oportunidade para agradecer o trabalho desenvolvido por Dom Petrini e Dom Josafá na Arquidiocese de Salvador. “Que Deus abençoe estes pastores e dioceses”, disse Dom Geraldo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A ESPIRITUALIDADE DO DESERTO

Por Zélia Vianna
E-mail: zelia.vianna@yahoo.com.br

Uma das figuras centrais do tempo do Advento e do Natal é João Batista. Filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria Santíssima, João nasceu em Aim Karim, um povoado seis quilômetros distante de Jerusalém. Apesar de ter o seu nascimento anunciado por profetas do Antigo Testamento e dos acontecimentos sobrenaturais que cercaram seu nascimento, sua importância maior reside no fato de ter sido o precursor de Cristo, isto é, de ter preparado o povo para a chegada do Messias, pregando, batizando e conclamando o povo a fazer penitência e mudar de vida.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O CORAÇÃO DE JESUS


Sagrado Coração de Jesus

Se hoje Nosso Senhor Jesus Cristo voltasse à Terra, poderia ser novamente crucificado! Por quê? Por que tanta maldade contra Aquele a quem devemos nossa salvação? Contra Aquele que se ofereceu como vítima para redimir os pecados dos homens? Contra Alguém que só deseja o nosso bem?

Para responder tudo numa só frase: a espantosa ingratidão dos homens.

Ingratidão que, devido aos nossos pecados, à dureza de nossos corações, impede-nos de corresponder ao amor do Divino Redentor, que ofereceu sua vida por nós.  Que nos impede sermos gratos, amando sobre todas as coisas Aquele que  tanta dileção teve pelos homens e por eles foi tão pouco amado.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

Por padre Aderbal Galvão de Sousa
E-mail: padreaderbal@ig.com.br

A aproximação do Natal é o momento certo para desejarmos a felicidade dos irmãos, porque seríamos eternamente infelizes, se Jesus não se fizesse nosso companheiro neste mundo. Por isto, os votos de "Feliz Natal" são um refrão das saudações no mês de dezembro. Será que não se tornou lugar-comum, esvaziado pela repetição anual? Pensamos que não. Na verdade todos os homens têm seus desejos, uns mais pessoais, outros generalizados, porque são anseios naturais do ser humano. Entre estes está a felicidade. Todos querem ser felizes. Alguém que não aspira por isto, merece atenção, porque foge à normalidade. Desejar, portanto, a felicidade é tocar o coração das pessoas, num aspecto bem humano.

PARA REFLETIR...

Salmo 4

Quando te invoco, responde-me, ó Deus, meu defensor!
Na angústia tu me aliviaste: tem piedade de mim, ouve a minha prece!
Ó homens, até quando vocês ultrajarão minha honra, amando o nada e buscando a ilusão?
Saibam que Javé fez maravilhas por seu fiel: Javé ouve quando eu o invoco.
Tremam e não pequem. Reflitam no silêncio do leito.
Ofereçam sacrifícios justos e tenham confiança em Javé.
Muitos dizem: "Quem nos fará ver a felicidade?"
Javé, levanta sobre nós a tua face!
Puseste em meu coração mais alegria do que quando transbordam o trigo e o vinho deles.
Em paz me deito e logo adormeço, porque só tu, Javé, me fazes viver tranquilo.