A Igreja renova o seu compromisso
em dialogar com aqueles que não possuem uma convicção religiosa. É esse
o espírito da iniciativa "O Átrio dos Gentios", dois dias de encontro e
diálogo em Paris, em 24 e 25 de março próximos.
O evento foi
apresentado durante uma coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé na
manhã desta sexta-feira, 18. Estiveram presentes o promotor da
iniciativa, o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi; o diretor executivo do
"Átrio dos Gentios", padre Laurent Mazas, e o embaixador da França junto
à Santa Sé, Stanislas de Laboulaye.
O
Cardeal explicou que, a pedido do Papa Bento XVI, "a Igreja decidiu
embarcar em uma nova etapa de diálogo, intercâmbio e ações conjuntas
entre crentes e não crentes, encomendada ao Pontifício Conselho para a
Cultura".
O nome "Átrio dos Gentios" obedece à imagem do vasto
espaço que era reservado, próximo ao Templo de Jerusalém, aos debates
entre judeus e não judeus. Ravasi indica que a iniciativa é complementar
ao diálogo inter-religioso desenvolvido ao longo de várias décadas,
constitui um compromisso da Igreja a longo prazo e concerne a muitas
pessoas em todo o mundo, religiosas e não religiosas.
"O
objetivo é contribuir para que as grandes interrogações da existência
humana, sobretudo as de natureza espiritual, sejam levadas em conta e
discutidas em nossas sociedade, aplicando a razão comum", acrescentou o
Cardeal.
O purpurado recordou que o "Átrio dos Gentios" era um
símbolo de separação sagrada que foi cancelado por Cristo, que deseja
eliminar as barreiras para um encontro na harmonia entre os dois povos
de então. "Crentes e não crentes estão em territórios diferentes, mas
não devem fechar-se em um isolamento sagrado ou laico, ignorando-se ou, o
que é pior, lançando-se provocações e acusações, como desejariam os
fundamentalistas de uma ou outra parte . Certamente, não se devem
achatar as diferenças, liquidar as concepções diversas, ignorar as
discordâncias, mas pensamentos e palavras, obras e decisões podem
confrontar-se e, inclusive, encontrar-se", afirmou Ravasi.
Apesar de a técnica do duelo poder ser adotada entre cristãos e gentios,
a iniciativa da Igreja quer propor um duo, "no qual vozes possam estar
sonoramente nas antípodas, como um baixo e um soprano e, no entanto,
consigam criar harmonia sem renunciar à identidade própria, isto é, sem
perder cor em um vago sincretismo ideológico", concluiu o Cardeal.
Fonte: Canção Nova
sexta-feira, 18 de março de 2011
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PARA REFLETIR...
Salmo 4
Quando te invoco, responde-me, ó Deus, meu defensor!
Na angústia tu me aliviaste: tem piedade de mim, ouve a minha prece!
Ó homens, até quando vocês ultrajarão minha honra, amando o nada e buscando a ilusão?
Saibam que Javé fez maravilhas por seu fiel: Javé ouve quando eu o invoco.
Tremam e não pequem. Reflitam no silêncio do leito.
Ofereçam sacrifícios justos e tenham confiança em Javé.
Muitos dizem: "Quem nos fará ver a felicidade?"
Javé, levanta sobre nós a tua face!
Puseste em meu coração mais alegria do que quando transbordam o trigo e o vinho deles.
Em paz me deito e logo adormeço, porque só tu, Javé, me fazes viver tranquilo.
Quando te invoco, responde-me, ó Deus, meu defensor!
Na angústia tu me aliviaste: tem piedade de mim, ouve a minha prece!
Ó homens, até quando vocês ultrajarão minha honra, amando o nada e buscando a ilusão?
Saibam que Javé fez maravilhas por seu fiel: Javé ouve quando eu o invoco.
Tremam e não pequem. Reflitam no silêncio do leito.
Ofereçam sacrifícios justos e tenham confiança em Javé.
Muitos dizem: "Quem nos fará ver a felicidade?"
Javé, levanta sobre nós a tua face!
Puseste em meu coração mais alegria do que quando transbordam o trigo e o vinho deles.
Em paz me deito e logo adormeço, porque só tu, Javé, me fazes viver tranquilo.
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